Quem me conhece sabe de minha
paixão pela tecnologia e pela educação, juntando as duas então, “tô em casa”.
Acompanhando
todas as (exaustivas) notícias sobre a pandemia do momento, não posso ficar
alheio e não me manifestar a respeito.
Acredito
que a educação e a tecnologia tendem cada vez mais a ficarem juntas. A educação
tradicional, já disse isto em outros ensaios, está em franco desuso. O que este
momento em que vivemos está fazendo, é apenas acelerar o processo desta
integração. Eu mesmo senti isto. Tenho um canal no YouTube desde 2012, que
estava “de molho”, e devido a suspenção das aulas presenciais, reativei-o.
Publico (posto) vídeo aulas para as minhas turmas. O sucesso está bem
interessante. Passei inclusive de 100 inscrições. Se o leitor quiser dar uma
espiadinha é só buscar por “Prof.Samuel Cortez”, no YouTube.
Mas
voltando ao tema “educação-tecnologia & pandemia”, muito importante é
verificar que tanto alunos como professores estão até adaptando-se bem a este
novo momento. Eu me refiro mais ao segmento da escola pública, que é aquela em
que possuo maior conhecimento. Óbvio que dificuldades vão existir tanto dos
docentes quanto discentes. Primeiro porque este processo foi repentino exigindo
mudanças drásticas no processo ensino-aprendizagem. Segundo porque a logística
tecnológica disponível para a maioria de professores e alunos não é boa. Por
último, mas não menos importante, está a maneira em que os órgãos educacionais
(mantenedoras) querem controlar o processo desencadeado pelas escolas. Criam
muitas vezes regras que limitam o fazer pedagógico. Um exemplo: fornecer
internet para os celulares de professores e alunos, mas somente para o uso da
ferramenta Google Education. Isto exige que tanto professores quanto alunos devam
possuir uma conta do Gmail. Mas esta deve ser corporativa (educação.com.br –
sem o til e o cedilha, nesta o corretor errou...hahaha). O problema é fazer com
que todos façam o email. Mas vamos tentar, não é mesmo colegas? Não podemos
esquecer que para a mantenedora também foi um imprevisto.
Gostaria
de comentar ainda sobre a dificuldade de acesso à internet por parte de alguns
educadores e de alguns alunos. Como o processo atual exige velocidade de
reação, aqueles com dificuldades em usar as tecnologias disponíveis, terão que
se adaptar, talvez não de forma plena, mas terão. Infelizmente ficarão para
trás em relação aos outros. Sei que muitos não irão concordar comigo, mas esta
é a realidade. Principalmente aos colegas professores que evitam as
tecnologias. Saber não é obrigatório, mas buscar a informação é. Vale para
professores e alunos.
Para
finalizar este breve ensaio, alerto que a tendência deste processo em incluir
cada vez mais tecnologias na educação pública não tem volta. É dever de quem
conhece a tecnologia, compartilhar com quem não conhece. Mas para isto, tanto quem
conhece quanto quem desconhece deve querer ensinar e querer aprender.
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