25 de mai. de 2020

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA EM TEMPOS DE PANDEMIA


            Quem me conhece sabe de minha paixão pela tecnologia e pela educação, juntando as duas então, “tô em casa”.

            Acompanhando todas as (exaustivas) notícias sobre a pandemia do momento, não posso ficar alheio e não me manifestar a respeito.

            Acredito que a educação e a tecnologia tendem cada vez mais a ficarem juntas. A educação tradicional, já disse isto em outros ensaios, está em franco desuso. O que este momento em que vivemos está fazendo, é apenas acelerar o processo desta integração. Eu mesmo senti isto. Tenho um canal no YouTube desde 2012, que estava “de molho”, e devido a suspenção das aulas presenciais, reativei-o. Publico (posto) vídeo aulas para as minhas turmas. O sucesso está bem interessante. Passei inclusive de 100 inscrições. Se o leitor quiser dar uma espiadinha é só buscar por “Prof.Samuel Cortez”, no YouTube.

            Mas voltando ao tema “educação-tecnologia & pandemia”, muito importante é verificar que tanto alunos como professores estão até adaptando-se bem a este novo momento. Eu me refiro mais ao segmento da escola pública, que é aquela em que possuo maior conhecimento. Óbvio que dificuldades vão existir tanto dos docentes quanto discentes. Primeiro porque este processo foi repentino exigindo mudanças drásticas no processo ensino-aprendizagem. Segundo porque a logística tecnológica disponível para a maioria de professores e alunos não é boa. Por último, mas não menos importante, está a maneira em que os órgãos educacionais (mantenedoras) querem controlar o processo desencadeado pelas escolas. Criam muitas vezes regras que limitam o fazer pedagógico. Um exemplo: fornecer internet para os celulares de professores e alunos, mas somente para o uso da ferramenta Google Education. Isto exige que tanto professores quanto alunos devam possuir uma conta do Gmail. Mas esta deve ser corporativa (educação.com.br – sem o til e o cedilha, nesta o corretor errou...hahaha). O problema é fazer com que todos façam o email. Mas vamos tentar, não é mesmo colegas? Não podemos esquecer que para a mantenedora também foi um imprevisto.

            Gostaria de comentar ainda sobre a dificuldade de acesso à internet por parte de alguns educadores e de alguns alunos. Como o processo atual exige velocidade de reação, aqueles com dificuldades em usar as tecnologias disponíveis, terão que se adaptar, talvez não de forma plena, mas terão. Infelizmente ficarão para trás em relação aos outros. Sei que muitos não irão concordar comigo, mas esta é a realidade. Principalmente aos colegas professores que evitam as tecnologias. Saber não é obrigatório, mas buscar a informação é. Vale para professores e alunos.

            Para finalizar este breve ensaio, alerto que a tendência deste processo em incluir cada vez mais tecnologias na educação pública não tem volta. É dever de quem conhece a tecnologia, compartilhar com quem não conhece. Mas para isto, tanto quem conhece quanto quem desconhece deve querer ensinar e querer aprender.


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