Não é nenhuma novidade de que o papel da família no desempenho da escola é fundamental. Já existem dados informados pelo SAEB, de que as escolas cujas famílias participam de maneira integrada possuem um ensino melhor.
Mas também sabemos que as escolas onde ocorre esta integração são muito poucas. Qual seriam os motivos desta não participação dos pais?
O tema é muito complexo e cheio de conflitos, para tanto, vamos ficar no tema geral – O que fazer para melhorar esta relação escola - pais.
Em decorrência do processo evolutivo, tanto tecnológico quanto do processo ensino – aprendizagem, ocorrer de forma muito rápida acaba gerando uma confusão de papéis. Os pais relegam aos professores o papel da família. “Começa já nos pequenos que chamam suas professoras de ‘tias”. Esta confiança faz com que os pais se afastem da escola (ausência). Eles acabam sendo meros visitantes da escola e não participantes.
Por outro lado, os professores, que não se sentem como familiares do aluno acabam negando o seu papel de parente.
Inicialmente tanto os pais quanto os professores devem rever seus conceitos sobre a família atual e não ficar projetando uma família ideal baseados em anos atrás.
A família como a conhecia, não existe mais, ou se existe são bem poucas. Hoje pai e mãe trabalham fora, os filhos pequenos vão para creches (atuais escolinhas). Filhos pequenos vivem em um turno na escola e outro nas creches. E acreditem, tem pais que quando tiram férias, continuam a levar seus filhos na creche.
Quando viram adolescentes um turno é por conta deles mesmo.
Não podemos deixar para a escola exclusivamente esta tarefa familiar. Não nos esqueçamos de quando o aluno entra da escola já está com seis anos de pré conhecimento da vida. A primeira historinha, a primeira oração, as primeiras tarefas devem ser efetuadas pela família e não pela escola.
Outra questão importante para a solução desta relação entre pais e escola é o enfoque dado nas reuniões com os pais e professores. O que pais e professores fazem, de maneira geral, são queixas e tentam de maneira equivocada achar culpados. Já disse isto em outros artigos, tentar achar culpados só leva a brigas sem fundamentos, pois todos nós temos a nossa parcela de culpa se um processo não funciona.
As reuniões devem ser direcionadas para soluções e não críticas, mas não esqueça de que em qualquer negociação todas as partes envolvidas devem ceder para chegar a um acordo.
Os pais não devem se esquecer de que a educação é um bem público e possuem o direito de opinar, inclusive de exigir a sua participação, através do CPM e de outras instituições na vida da escola fiscalizando se os objetivos propostos pela instituição estão sendo alcançados.
Não se esqueça de acompanhar a vida escolar, social e digital de seu filho continuamente, é muito importante que ele perceba que você se preocupa com ele, mas não faça isto de maneira doentia e/ou insistente, senão em vez de ajudar você vai complicar. Não deixe para acompanhar o seu filho apenas ao receber o boletim ou pior, só no fim do ano.
Para finalizar, é a escola que necessita da família e não o contrário.
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