Já fui “noveleiro”, a última que acompanhei foi “O Clone”, coisas da Biologia. Atualmente olho, meio que de relance, a novela “Viver a Vida” de Manoel Carlos. Cá entre nós, quem viu uma novela dele viu todas, pois o cara sempre segue o mesmo padrão.
Mas o que me leva a escrever este artigo é o comportamento da personagem Rafaela (Klara Castanho, com K mesmo), aliás, pela idade (9 anos) está desempenhando um ótimo papel. Não trabalho com alunos nesta faixa etária, mas imagino o que as minhas colegas devem estar passando. É fato conhecido que as crianças assistem às novelas no horário em que esta é exibida. O exemplo de falta de respeito e de desafio aos adultos que a personagem transmite aos telespectadores (crianças) é muito grande.
O que me preocupa é o comportamento de “adulto” que esta menina transmite a outras crianças da mesma idade. Já sofremos de um sério problema que é a “adultização” de nossas crianças, cada dia que passa, elas deixam de ser crianças para se tornar adultas precoces. A própria evolução está caminhando para este objetivo, basta ver a menarca (primeira menstruação) cada vez mais cedo em nossas adolescentes.
A principal razão de minha preocupação está relacionada ao tipo de comportamento que os nossos alunos terão em relação aos professores e, por que não aos pais, pois uma criança nesta idade não possui a compreensão do limite, e provavelmente, seguindo o modelo da personagem, terá um comportamento semelhante. Ou seja, a personagem está estimulando a criação de uma futura “chantagista”.
Espero que os pais percebam o problema e que alertem seus filhos. Sei que em algumas famílias o problema realmente ocorre, onde filhos mandam nos pais, mas acredito que certas “realidades” não devam ser veiculadas de forma livre, pois querendo ou não a televisão é uma potencial formadora de opiniões.
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