Somos seres tecnológicos, querendo ou não. Mesmo que, numa referência a favor dos “bons” tempos, ainda tentamos resistir aos apelos tecnológicos. E não me refiro apenas a celulares e computadores. Minha referência inclui a TV digital, cedo ou tarde terás que ter uma, pois a analógica deixará de existir. Aos cartões com chip, pois o talão de cheque e os cartões convencionais também deixarão de existir, e obviamente a Internet, pois a cada dia mais serviços estão sendo disponibilizados via WEB.
Já fomos várias vezes “obrigados” a aprender a usar a tecnologia por não haver outra disponível. Você que nem é tão velho assim, lembra do surgimento de VCR (vídeo cassete recorder), das fitas VHS? Não são mais produzidas. Trocadas pelos DVDs. Os discos LPs (parece que agora querem produzir novamente em pequena escala), substituído pelos CDs. Até estes já estão ficado obsoletos com o advento das PenDrives e dos arquivos em nuvem. Praticamente todos os dias são lançados novos equipamentos com novas tecnologias. “Agora já existem discos transparentes (DVD) com capacidade para 200GB, os atuais possuem 4,7GB de capacidade de armazenamento.
Quando entramos no meio escolar e acadêmico estas “obrigações” ficam explicitas. Ainda usamos, e muito, o quadro e o giz. Mas aos poucos esta ferramenta irá dar lugar a outras. Quadros de LCD sensíveis ao toque com sistema Wireless (sem fio) conectados a Internet. Alunos com netbooks (tela com 8pol) em vez de caderno.
Provavelmente as leis da escola, município e estado terão que sofrer mudanças para se adaptarem a nova realidade. Um exemplo é a lei estadual existente atualmente que proíbe o “uso” do celular em aula. Aliás, muito oportuna para este momento. Mas e quando o celular acessar a internet de forma mais acessível ao bolso?
Acham que estou sonhando?
Quando eu era “piá”, se alguém falasse do celular, no tamanho, forma e utilidades hoje existentes, certamente acharia absurdo, ficção científica pura.
Há bem pouco tempo os computadores eram equipamentos de poucos. Hoje são de muitos. Daqui a alguns anos serão de todos. Lembro a TV a cores. Vi chegar a nossa cidade. Artigo de rico. E hoje?
Os celulares evoluiram de forma meteórica. Muitos devem se lembrar dos primeiros celulares (tijolares), pesados e com bateria pouco durável. Hoje celular com tela de toque já está sendo vendido,acesso a WEB, memórias de vários GB. Os mais modernos e completos por enquanto artigo para poucos. Mas daqui a pouco....
Obviamente que não somos obrigados a utilizar as tecnologias, muito menos conhecê-las ou operá-las. Por isso coloquei a palavra obrigação entre aspas. Existem pessoas que não querem conhecer e nem utilizar. Obviamente terão que pedir ajuda para aqueles que a dominam.
Não podemos em hipótese alguma, dominar todas as tecnologias. Obviamente para utilizar o que não conhecemos iremos pedir e/ou pagar para que outros o façam. Isso não é de hoje.
Retornando a escola, enquanto novas tecnologias estão sendo inseridas no meio escolar, cabe a nós professores procurar ao máximo conhecê-las e pelo menos saber como utilizá-las. Em escolas públicas, como sempre há falta de profissionais específicos para setores (fora da sala de aula), o professor que conhecer e dominar as tecnologias que chegam à escola irá certamente destacar-se. Continuarão existindo aqueles que não as utilizarão, resistindo, como foi com o uso da calculadora no ensino médio (ainda hoje existem professores que não deixam os alunos utilizarem), e dos trabalhos “digitados”.
É lógico que a nossa obrigação como docente é “dar” a nossa aula. Sem dúvida nenhuma devemos dominar os assuntos pertinentes a nossa matéria, mas também é lógico que esta não é uma relação unilateral. Não basta que se dê uma aula, que no conceito do professor é a ideal. Já abordei em outros artigos que para se ter sucesso na aula a relação deve contemplar ambas as partes, professor e aluno. Também comentei sobre o fixar objetivos, metas. Consulte o arquivo do meu blog.
É aí que entra a tecnologia. Querendo ou não, gostando ou não, devemos sim pelo menos conhecer as tecnologias que nos rodeiam. Embora a nossa obrigação não seja esta, é exatamente este o fator diferencial que fará e faz a diferença na nossa profissão. Como em qualquer profissão do mundo existem aqueles profissionais que se destacam, aqueles que apenas cumprem o horário de trabalho, nunca “subindo postos” e finalmente, aqueles que estão no trabalho por pura obrigação, insatisfeitos com tudo e com todos, só não possuem a coragem de pedir demissão e de fazer o que realmente gostam.
Por isso colega procure atualizar-se, conheça e use as tecnologias. Não tenha medo, elas não são monstros. São apenas equipamentos eletrônicos, que se “desplugarmos” da tomada param de funcionar. Mas que se utilizadas de forma correta, servem como excelentes auxiliares, assim como o giz e o quadro.
Um comentário:
Querido amigo,
Seu Blog é construtivo/esclarecedor/...ótimo!!
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