Normalmente
uso este espaço para falar sobre assuntos educacionais. Mas acho importante
também abordar temas que num primeiro momento parecem não ter nada a ver com
educação, mas que no fundo, dependem dela.
Gostaria
de manifestar minha opinião, que não é recente, sobre futebol, no que diz
respeito a nossa seleção. Recentemente a nossa seleção ganhou a Copa América,
repito, a nossa seleção, não a de “Cebolinha”, Neymar ou Alisson. Aqui o
primeiro problema. O futebol é uma modalidade esportiva coletiva, ao contrário
do tênis, por exemplo, que é individual. A não ser na modalidade em duplas.
Há
uma tendência de individualizar esportes coletivos. Alguns leitores podem
acreditar que estou aqui montando uma crítica aos meios de comunicação. Não é
verdade, estou sim, criticando alguns de seus membros, que querem exaltar ou
condenar um esportista especificamente em determinada equipe. Se eu fizesse a
condenação coletiva de um meio de comunicação por causa de alguns de seus
contratados, estaria incorrendo no mesmo erro, no raciocínio inverso.
Voltando ao
tema proposto, usando de uma forma honesta, a última seleção que realmente me
empolgou foi a de 1970. Na época, quem tem a minha idade ou mais certamente irá
lembrar-se dela, não como a de Pelé, mas sim como a de Rivelino, Pelé, Jair,
Tostão... etc, ou seja a Nossa Seleção.
A seleção da
Argentina não perdeu porque o Messi jogou mal, mas sim porque o coletivo não funcionou.
Provavelmente, se a nossa Seleção não tivesse ganhado a copa, certamente alguém
diria porque o Neymar não jogou. Mesmo assim, alguns profissionais do assunto,
insistem em “destaca-lo” como jogador “principal”. Com a seguinte manchete:
“Mesmo sem seu principal jogador a seleção brasileira venceu a copa”. Não sei
você, mas para min, se é para existir um jogador principal, creio que seja o
goleiro, não é mesmo. Futebol é coletivo.
O segundo ponto
que pretendo abordar neste ensaio é a confusão feita por torcedores e
especialistas do assunto em misturar os times dos jogadores com a seleção.
Chegamos ao ponto de ter, na partida final, colorados torcendo pelo Peru
(Guerreiro) e gremistas para a seleção Brasileira por causa do “cebolinha”. Se
não tivesse jogado, não quero nem pensar...O jogador que está defendendo o
nosso país está representando-o, e não o time ao qual defende.
Haveria ainda
um terceiro ponto, mas este não quero abordar neste artigo por ser muito
polêmico e demandar muito tempo, a mistura de política e futebol.
Para
finalizar, pois o espaço é curto, nos dois pontos aqui contemplados está a individualização. Não é só
no futebol que está acontecendo, é na maioria dos esportes coletivos, não sei
até que ponto é bom ou ruim. Minha ideia neste ensaio é lançar uma sugestão
para futuros pesquisadores ou especialistas aprofundar o assunto.
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