Nada mais
decepcionante do que trabalhar um mês inteiro e chegar o momento de receber o
valor, acordado quando contratado pelo empregador e perceber que ele não cumpriu
com o seu compromisso.
Você,
enquanto trabalhador fez o seu dever. Aliás, mais do que deveria. Aí descobre que
tudo o que você fez, não é tão importante. Educar alunos, muitas vezes fazendo
o papel de pai ou mãe, é um papel secundário na avaliação de seu “empregador”.
Todos, sem
exceção, passaram por um profissional da educação. Sem o aval deste profissional,
se quer teria se formado, seja no ensino fundamental, médio ou superior.
Vejo com tristeza
o comentário de alguns pais de alunos dizendo coisas do tipo: “se não está
satisfeito que mude de emprego”. Para estes só tenho a informar que estudei
muitos anos para exercer esta profissão. Escolhi por opção, por identificar-me
trabalhando com pessoas, principalmente adolescentes. Realizo-me auxiliando na
sua formação. Muitas vezes faço o trabalho que eles, os pais, deveriam estar
fazendo, mas por conta de seus diversos afazeres, ou pela desestruturação
familiar não conseguem.
Acredito
que fiz a escolha certa por realizar-me profissionalmente, mas financeiramente
não sou reconhecido.
Trabalho
como professor há 21 anos, nunca usufruí a tal estabilidade. Possuo, no total,
como trabalhador oficial 39 anos, e nunca tive o meu salário e 13º parcelado, a
não ser neste meu último emprego.
Tenho
compromissos financeiros a cumprir, gostaria de mais respeito á
minha profissão, pois formo cidadãos, pessoas, futuros profissionais,
que podem até vir a ser lideres políticos. Gostaria de mais respeito. Só isso.
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