28 de dez. de 2012

ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO


Após o primeiro ano de aplicação do chamado ensino médio politécnico e como estou envolvido e comprometido com o processo, arrisco aqui neste ensaio, algumas considerações de ordem prática e com linguagem simples e clara, que é minha característica.
Inicialmente, como toda a ideia nova, gerou e ainda está gerando muitas controvérsias. Os desencontros ocorrem em todos os segmentos da educação, e por esta razão diferentes caminhos foram percorridos pelas escolas. Cada uma interpretando do seu modo a leitura da proposta pedagógica, que fala sempre de forma geral. Por isso falarei sobre o caminho inicial que percorri e algumas interpretações que fiz. Cuidado, não sou o dono da verdade apenas quero compartilhar as minhas ideias sejam elas corretas ou não. Alguns erros eu cometi, mas com certeza não os repetirei no próximo ano.
Primeiramente ouvi de algumas pessoas que o EMP teria como  objetivo a profissionalização do aluno, de outros que o ensino público estaria formando futuros “empregados” e não “chefes”.  Se fosse esta a verdade, não seria politécnico, seria EM Profissionalizante. O próprio significado de politécnico é múltiplo. Pode se referir a uma escola que possui varias disciplinas na área das ciências, ou de escolas técnicas que formam o aluno em várias especializações, ou ainda, mais antigo referir-se à faculdade de engenharia. Prefiro abordar um conceito onde politécnico aborda várias técnicas com fundamentação científica na escola.  Em outras palavras, as ferramentas necessárias para que o aluno realize uma pesquisa ou qualquer atividade seja ela profissional ou não. Para esta tarefa foi criado os Seminários Integrados, com a função de preparar o aluno no uso destas ferramentas.
Mas quais são estas ferramentas: a primeira delas é orientar quanto a pesquisa científica, saindo do padrão de cópia. Utilizando as regras da ABNT por exemplo. O segundo momento requer direcionamento sobre o uso correto das ferramentas tecnológicas que o aluno deve usar. Muitos não possuem o conhecimento aprofundado do seu uso. Como por exemplo, planilhas, editor texto, apresentações, montagem de blog, entre outros.
Depois da posse destes conhecimentos o aluno irá realizar a sua pesquisa de forma mais eficiente e proveitosa. Uma coisa muito importante quanto ao tema da pesquisa é que dever ser escolhido exclusivamente pelo aluno. Do conhecimento geral ele acabará por direcionar seu tema de forma mais específica.
Um dos argumentos que usei para a necessidade de saber pesquisar foi a de que os estudantes já chegariam a universidade com uma boa noção do que é uma pesquisa científica, coisa que tive que aprender, na “marra” no meu curso superior. Outro fator importante é o real conhecimento de ferramentas como a montagem de planilhas aplicáveis a qualquer profissão.
Fiquei bastante impressionado com as apresentações dos alunos no final do ano, acredito que para o próximo será melhor ainda, pois a experiência conta muito nesta hora.
Abordei neste ensaio de forma bastante resumida apenas o que considero ser primordial como suporte para os seminários integrados. O politécnico não define a profissão do aluno, apenas indica caminhos para que ele tome decisões em sua vida, uma delas o seu futuro profissional.

Um comentário:

soneci disse...

MUITO BOM,PARABENS!!!