Após o
primeiro ano de aplicação do chamado ensino médio politécnico e como estou
envolvido e comprometido com o processo, arrisco aqui neste ensaio, algumas
considerações de ordem prática e com linguagem simples e clara, que é minha
característica.
Inicialmente,
como toda a ideia nova, gerou e ainda está gerando muitas controvérsias. Os
desencontros ocorrem em todos os segmentos da educação, e por esta razão
diferentes caminhos foram percorridos pelas escolas. Cada uma interpretando do
seu modo a leitura da proposta pedagógica, que fala sempre de forma geral. Por
isso falarei sobre o caminho inicial que percorri e algumas interpretações que
fiz. Cuidado, não sou o dono da verdade apenas quero compartilhar as minhas
ideias sejam elas corretas ou não. Alguns erros eu cometi, mas com certeza não
os repetirei no próximo ano.
Primeiramente
ouvi de algumas pessoas que o EMP teria como objetivo a profissionalização do aluno, de
outros que o ensino público estaria formando futuros “empregados” e não “chefes”. Se fosse esta a verdade, não seria
politécnico, seria EM Profissionalizante. O próprio significado de politécnico
é múltiplo. Pode se referir a uma escola que possui varias disciplinas na área
das ciências, ou de escolas técnicas que formam o aluno em várias
especializações, ou ainda, mais antigo referir-se à faculdade de engenharia.
Prefiro abordar um conceito onde politécnico aborda várias técnicas com
fundamentação científica na escola. Em
outras palavras, as ferramentas necessárias para que o aluno realize uma
pesquisa ou qualquer atividade seja ela profissional ou não. Para esta tarefa
foi criado os Seminários Integrados, com a função de preparar o aluno no uso
destas ferramentas.
Mas quais são
estas ferramentas: a primeira delas é orientar quanto a pesquisa científica,
saindo do padrão de cópia. Utilizando as regras da ABNT por exemplo. O segundo
momento requer direcionamento sobre o uso correto das ferramentas tecnológicas
que o aluno deve usar. Muitos não possuem o conhecimento aprofundado do seu
uso. Como por exemplo, planilhas, editor texto, apresentações, montagem de
blog, entre outros.
Depois da
posse destes conhecimentos o aluno irá realizar a sua pesquisa de forma mais
eficiente e proveitosa. Uma coisa muito importante quanto ao tema da pesquisa é
que dever ser escolhido exclusivamente pelo aluno. Do conhecimento geral ele
acabará por direcionar seu tema de forma mais específica.
Um dos
argumentos que usei para a necessidade de saber pesquisar foi a de que os
estudantes já chegariam a universidade com uma boa noção do que é uma pesquisa
científica, coisa que tive que aprender, na “marra” no meu curso superior.
Outro fator importante é o real conhecimento de ferramentas como a montagem de
planilhas aplicáveis a qualquer profissão.
Fiquei
bastante impressionado com as apresentações dos alunos no final do ano,
acredito que para o próximo será melhor ainda, pois a experiência conta muito
nesta hora.
Abordei neste
ensaio de forma bastante resumida apenas o que considero ser primordial como
suporte para os seminários integrados. O politécnico não define a profissão do
aluno, apenas indica caminhos para que ele tome decisões em sua vida, uma delas
o seu futuro profissional.
Um comentário:
MUITO BOM,PARABENS!!!
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