Estamos vivendo numa época em que
a Internet adquiriu status de ferramenta educacional. Mesmo que alguns colegas
professores ainda resistam ao seu uso como auxiliar na educação, nossos alunos utilizam-na
das mais variadas formas. Uma delas é a troca de informações na realização de
um trabalho ou tema utilizando o “Facebook” se valendo dos grupos fechados.
Como
além da Biologia adoro trabalhar com tecnologia, como já deixei claro em outros
ensaios aqui publicados, não posso evitar de abordar este tema. Atualmente
estou preparando uma atividade com algumas turmas na qual vou utilizar o “Facebook”.
Minha
primeira preocupação não foi com a atividade propriamente dita, mas com as
atitudes dos alunos durante a atividade. Antes mesmo de realizar a tarefa,
senti a necessidade de abordar um tema mais importante: A ética no ambiente
digital.
Percebo
que os alunos, de uma forma geral, não medem as consequências de seus atos
quando usam, principalmente, as redes sociais. Como esta prática está inserida,
querendo ou não, no meio educacional, gostaria de lançar um alerta e ao mesmo
tempo uma dica: As escolas devem criar o seu código de ética no uso da internet
nas atividades escolares. Devem condicionar limites e consequentemente punições
para os alunos que não seguirem as regras fundamentais no uso das ferramentas
digitais. Também devem tratar os temas relacionados às redes sociais de forma
natural como se fossem realizadas no ambiente escolar. Hoje os problemas escolares
não se restringem mais as “quatro paredes” da escola, há muito tempo já
extrapolaram este limite. Quando um aluno “posta” uma ofensa á um colega ou a
um professor está infringindo regras e para tanto deve arcar com as consequências
de seu ato.
Como
sou adepto da prevenção, nós professores que utilizamos as técnicas digitais em
atividades com nossos alunos, temos o dever de incluir em nosso plano de
trabalho o item: ética digital, para que eles tenham consciência da amplitude
de seus atos quando utilizam a WEB. Poderia também ser incluído na aula de
sociologia, que tal?
Por outro
lado, gostaria de ver incluído nos temas durante as formações dos professores
uma abordagem mais efetiva sobre a ética digital para podermos trabalhar de uma
maneira mais objetiva com nossos alunos. Poderiam ser “convocados” especialistas
em direito digital para que nos orientassem como proceder na montagem das
regras digitais na escola.
Tenho
consciência da polêmica do tema, mas apenas lanço aqui uma “sementinha” para
que o assunto comece a ser abordado de uma forma mais séria e profissional
tanto pelas escolas quanto pelas autoridades da área educacional.
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