Normalmente abordo assuntos relacionados com o ensino de maneira geral, não especificamente do assunto da matéria que leciono a Biologia. Não o faço pelo simples motivo de que temas biológicos encaixam melhor em artigos científicos ou aqueles direcionados aos colegas das Ciências. Como este blog é voltado a todos, não acho oportuno ficar “enchendo” a cabeça dos leitores com assuntos técnicos abordados pela mina área.
Dito isto, devido aos recentes acontecimentos envolvendo as viroses (febre amarela e gripe suína), não consigo ficar alheio ao tema, já que ocupa de maneira insistente o noticiário, e enfim o nosso dia-a-dia, e que antes de ser um professor, sou biólogo. Muitas pessoas acham que biólogo é o pesquisador e o professor é simplesmente o professor de Biologia. Estão enganados. Ambos são biólogos, pois cada um a sua maneira dedica-se a Biologia.
Retornando ao tema proposto, as viroses, é de importância fundamental que se entenda que contra vírus não existe remédio (pelo menos por enquanto), apenas vacina, descanso, boa alimentação e hidratação. Devemos dar chance ao nosso sistema imunológico para nos defender. Quando ouvi falar em possível pandemia, imediatamente lembrei da grande pandemia de 1918 que vitimou milhares de pessoas, principalmente americanos. Isso ocorreu porque não se conhecia o modo de atuação do vírus. Para que tenham uma idéia o pessoal da saúde utilizava para proteção máscaras que cobriam apenas a boca, quando se sabe que o vírus da gripe entra pelo sistema respiratório (nariz). O vírus é como um míssel teleguiado que infecta células específicas, no caso da gripe são células do pulmão.
Mas a grande diferença da gripe suína e da pandemia de 1918 está exatamente no conhecimento do vírus e da forma como ele atua no organismo. Estima-se uma vacina eficiente em seis meses, é lógico que muitas “baixas” serão verificadas, mas com certeza o vírus será controlado mas não será extinto. Mesmo que este vírus seja o resultado da “mistura” de três vírus diferentes (ave, porco e humano) a biotecnologia, que já estuda o uso do próprio vírus para combater uma virose irá encontrar um mecanismo eficiente para combater a nova cepa que tem um singelo nome de H1N1.
O mesmo ocorre com a febre amarela que possui uma eficiente vacina, mesmo aumentando as áreas de risco, ela está sob controle porque as autoridades da saúde agiram de maneira imediata e efetiva, atuando na prevenção e as pessoas atenderam ao chamado indo se vacinar. Os casos estão restritos à área de matas (silvestre) são casos isolados, mas que exigem ação preventiva imediata.
O importante neste momento é não criar pânico na população, é antes de tudo, deixar claro que os nossos predadores (vírus, bactérias e fungos), só os maléficos, pois existem bactérias e fungos muito importantes para nossa sobrevivência, devem ser combatidos. Em outras épocas, quando a medicina nem existia, eles, os nossos predadores, tentaram nos dizimar, mas não conseguiram. Podemos até ter muitas baixas, mas somos seres vivos que se adaptam ao ambiente a pelo menos 10 milhões de anos e hoje possuímos tecnologia e conhecimento suficiente para combatê-los.
Um comentário:
Oi Samuel!
Não sei se tu lembra de mim, fui tua aluna no Goiás de 2003 a 2005...
Minhas primas tbm estudam la e são tuas alunas, ai uma delas, a Natalia me disse que tu tinha um blog então vim conferir heheh
Estou cursando Ciências Biológicas na UNISC, vou ser biologa :D
Muito legal teu blog, adicionei nos meus links...
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